domingo, 21 de novembro de 2010

E agora?

E agora ? O que vou eu fazer com os meus dias vazios da tua presença, amor bandido?
Como me despir das vestes frias que jogaste sobre os meus ombros e que agora são como chumbo?
Como é possível levar assim contigo todo o meu sossego? Como pudeste me incluir naquele cenário
tão pavoroso, naquele quadro horrível e traumatizante que não me sai da mente? Como pudeste trazer até mim uma situação triangular sem o meu consentimento? Como me deixaste ser surpreendida desta maneira?Onde arranjarei chamas para consumir este amor estragado?
E agora, o silêncio? O silêncio é angustiante e sofrível.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Deixei marcas...

Promete- me que em todos os lugares que passares e as pessoas que encontrares , as quais
já nos viram juntos, dirás sempre as mesmas coisas que tu sabias que eu gostava de ouvir.
Promete-me nunca justificar as tuas falhas procurando defeitos meus.
Promete nunca usar nada do que eu te disse contra mim.
Compromete-te a lembrar sempre de mim como a mais doce e terna companhia dos teus dias de aflição.
Deixa-me saber que o vazio da minha ausência provoca apertos no teu coração, que o calor do meu corpo faz falta nos teus lençóis. que o teu despertar já não é mais o mesmo sem o meu abraço.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Etílico

Quantas gotas ainda hás de tragar para suplantar a tua loucura?
As razões que vêm da escuridão de um passado longínquo que te embrutecem agora.
Que refúgio tão devastador! Gotas que não são gotas, que tu falsamente tentas fazer parecer assim
tão insignificante. Mas, na verdade, líquidos e líquidos que são litros e litros numa dimensão assustadora a degradar o ser que foste e que agora já não és.
Onde foi que te perdeste?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Farewell

Vá, siga por outros caminhos que não sejam os meus.
Deixe-me com as minhas explosões contidas, com as minhas feridas castigadas por mim mesma pelas escolhas insensatas que ainda me apanho a fazer.
Deixe-me sentir o sabor se desfazer, desvanecer ,se tornar insípido. Seja cada vez mais como uma bruma etérea
nos meus dias. Abandone o espaço fendido ,a chaga tão aberta das minhas ilusões.
Limpe as suas digitais da minha pele e leve contigo todas as marcas, cheiros e lembranças...
Seja agora a tua ausência, um lenitivo cada vez mais necessário... bye bye, no more so long, farewell.